26 de maio de 2012

Desaprendi a pronunciar teu nome. Só sei te chamar de meu bem, meu anjo, meu amor, meu isso, meu aquilo… Meu.




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Só ele conheceu uma mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, 
todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder com chapinhas, 
peitos falsos, bundas falsas, bebidas, poses, frases de efeito, saltos altos, maquiagem e  
risadas altas. Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube
do meu medo de nadar em lugares muito profundos, de amar demais, de se perder um pouco de
tanto amar, de não ser boa o suficiente. 
Só ele viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade, 
meu choro baixinho embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. 
Só para ele eu me desmontei inteira porque confiei que ele me amaria mesmo eu sendo 
desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso.

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